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Comprando o Micro Ideal
Elenir Caramel, Teresa Sacchetta e Lucio
Jorge Matias
Na
tentativa de auxiliá-lo na compra ou atualização do
seu microcomputador, apresentamos aqui algumas sugestões e dicas
sobre o que pode ser, hoje, o ideal para seu consultório ou mesmo
para sua residência, tentando sempre levar em consideração
a finalidade do equipamento. São alguns pontos básicos a
serem considerados: garantia, assistência técnica, confiabilidade
do fabricante, relação custo-benefício e capacidade
de expansão ("upgrade"), o que muitas vezes pode ser o fator
decisivo. Em função da rápida evolução
da tecnologia, outra questão importante é se o equipamento
não está com sua configuração defasada para
as novas possibilidades que a informática oferece, o pode ocorrer
em menos de um ano, atualmente.
A questão
da marca
O ponto de partida para a compra de um micro
é decidir se ele deve ter ou não uma marca conhecida. Micros
com "grife" são fabricados integralmente por grandes empresas, como
por exemplo a IBM, a Compaq, a Itautec, sendo geralmente mais caros. Já
os sem grife são montados por empresas, chamadas de integradoras
ou montadoras, que usam componentes de uma empresa e periféricos
de outra, ou seja, aceitam peças de qualquer fabricante. Isto os
torna mais flexíveis e barateia a atualização tecnológica
periódica do micro. O usuário pode procurar pelo menor preço,
não ficando restrito à empresa na qual comprou o micro. As
modificações nos micros com grife podem ser mais caras, pois
as peças que não são instaladas ou trocadas pelo próprio
fabricante não têm a garantia do mesmo. Além disso,
é possível um micro de grife apresentar um número
restrito de "slots" (local onde se encaixam as placas), o que restringe
sua expansão.
As grifes têm um nome a zelar e por
isso possuem um melhor controle de qualidade, com certificado de garantia
ISO 9000, e tecnologia de ponta. O tempo de garantia é em geral
maior (por volta de três anos para CPU e um ano para o monitor),
e há melhores opções de financiamento. Atualmente,
algumas integradoras passaram a oferecer garantia (de até dois anos
para a CPU e seis meses para o disco rígido), além de oferecerem
assistência técnica e até financiamento, como forma
de atrair clientela. Procure sempre fazer negócio com pessoas da
sua confiança, já que elas podem utilizar componentes de
qualidade inferior, inclusive peças que não foram aprovadas
pelo controle de qualidade.
Quanto a comprar no contrabando, não
recomendamos, pois corre-se o risco de as peças não sejam
de boa qualidade, e de não terem sem garantia. Assim, muitas vezes
o barato pode sair caro, além de ser ilegal (e perigoso ter um micro
sem nota fiscal no consultório).
É importante checar todos os componentes
incluidos no preço, inclusive monitor, mouse e teclado. Em geral,
os grandes fabricantes oferecem seus produtos em pacotes fechados, deixando
poucas opções de escolha, enquanto que as montadoras permitem
que você monte seu micro em função de seu gosto ou
necessidade. Às vezes, num micro com grife o processador é
excelente, há boa quantidade de memória RAM, mas o disco
rígido é pequeno e a memória de vídeo é
insuficiente. Pensando nisso, atualmente as grandes empresas vêm
oferecendo um número de configurações diferentes,
permitindo a escolha de um conjunto equilibrado.
Definindo a máquina
ideal
Vamos definir agora algumas especificações
importantes para a escolha do microcomputador, lembrando sempre que estas
mudam muito rapidamente.
Gabinete: de acordo com o espaço
disponível você pode optar por um modelo minitorre (posicionado
verticalmente ao lado do monitor) ou um do tipo monobloco (posicionado
horizontalmente), sendo que este último ocupa um maior espaço
na sua mesa. Quanto aos dispositivos de discos ("drives") , o de três
polegadas é imprescindível, já que seu respectivo
disquete é o mais utilizado atualmente.
Monitor: um super VGA colorido com
placa de vídeo de 2 a 4 megabytes (Mb) de memória interna
melhora a velocidade de processamento de imagens, beneficiando radiologistas
e patologistas, ou quem quer trabalhar com multimídia. Se não
for o seu caso, uma de 1 Mb é suficiente, sendo aconselhável
aquelas com possibilidade de expansão para 2 Mb. Embora as telas
de 14' e 15' estejam de bom tamanho para atender às necessidades
requeridas pela maioria, para o profissional que mexe com imagens é
aconselhável um monitor de 17', que melhora a visualização
das imagens. O preço deste monitor está começando
a cair o suficiente para torná-lo uma alternativa viável.
Placa-mãe: Esta é
a placa de circuitos que contém a maioria dos componentes centrais
do micro (processador, memórias, relógio, interfaces com
periféricos, etc.). É importante também que ela possua
de 6 a 8 pentes de expansão ("slots"), que são necessários
para adicionar posteriormente outros periféricos.
CPU: Este é o tipo de "chip"
microprocessador usado pela máquina, e que é fundamental
para definir o seu desempenho (CPU significa Central Processing Unit).
As marcas principais são AMD, Cyrix e Intel. Os microprocessadores
da linha Pentium da Intel são a opção praticamente
obrigatória atualmente, por oferecerem melhor relação
custo/benefício. A velocidade de processamento ("clock") é
um parâmetro importante de escolha, em função do preço
e das necessidades. Atualmente, começam em 300 MHz e vão
até 500 MHz. As outras marcas preços inferiores aos da Intel,
o que poderia representar uma redução dos custos na compra
do microcomputador.
Memória RAM: É a memória
central, de acesso eletrônico, também um ponto fundamental
na definição do desempenho do micro, tanto em velocidade
quanto em capacidade. Atualmente, vale apenas comprar o micro com uma capacidade
inicial de 16 Mb, mas recomendamos uma de 32 Mb. Isto vai depender do quanto
você quiser gastar, pois quanto maior a memória RAM, melhor.
Verifique também se o PC tem capacidade de expansão da RAM,
necessária para uma atualização.
Disco rígido (Winchester):
um mínimo de 3.2 Gb de capacidade é recomendável,
mas já existem drives, com preços razoáveis, de 4.5
e 10 Gb. A interface de controle também é importante, pois
define a velocidade de acesso ao disco. Procure um disco que utilize a
interface Enhanced IDE para aumentar o desempenho e reduzir o custo.
Zip Drive: esta é uma alternativa
barata para ter backup (fazer cópias de segurança do conteúdo
importante do seu disco rígido), bem como para transporte de arquivos
muito grandes. Esse dispositivo funciona como um disquete, tendo porém
uma velocidade de acesso de disco e capacidade de armazenamento bastante
superior, utilizando discos de 100 Mb a 350 Mb. Um outro modelo,, chamado
Jazz, tem a capacidade de até 1 Gb. O drive conecta-se à
saída paralela de qualquer PC, o que o torna portátil, podendo
inclusive ser usado para o transporte de dados entre seu consultório
e sua residência.
CD-ROM e placa de som: Praticamente
todos os micros, atualmente, já vêm com o kit de multimídia
instalado, que inclui uma placa de som de 32 ou 64 bits (esta última
permite som estereofônico de alta fidelidade), microfone, caixas
de som estereofônico e um drive de CD-ROM. Para este último,
quanto maior a velocidade melhor, que é definida em termos de número
de vezes da velocidade padrão. Atualmente os drives de 24 e 32 vezes
são os ideais. Se o micro que você escolheu não tem,
seria bom comprar um kit para instalação, mas recomendamos
que a mesma seja feita por um profissional experimentado. A marca mais
conhecida é a Creative.
CD-R: permite gravar um CD-ROM,
com capacidade de 660 Mb, esta é uma boa opção para
quem deseja gravar grandes quantidades de dados para preservação
permanente (bancos de imagens, por exemplo), os gravadores CD-R funcionam
para a leitura e gravação, mas geralmente são mais
lentos que o CD-ROM só de leitura. Os CD-Rs mais baratos gravam
apenas uma vez, mas já existem CD-R regraváveis. Procure
comprar uma boa marca, como a Hewlett-Packard, para não ter problemas.
Impressora: se você necessitar
de impressos coloridos em seu consultório, a impressora mais adequada
seria a de jato de tinta ou de bolhas de tinta, coloridas. Há basicamente
dois tipos: a impressora na qual só pode haver um cartucho de tinta
de cada vez, e para imprimir colorido é necessário trocá-lo.
São impressoras menores e mais baratas, por exemplo a HP Deskjet
400 a Canon BJC 240. O segundo tipo de jato de tinta é aquele na
qual convivem os cartuchos preto e colorido, entre elas destacamos a HP
Deskjet 692C e 870CXi e a EPSON Stylus COLOR 400, 600 e 800 ou ainda a
Canon BJC 4200. Caso contrário, uma impressora laser de baixo custo
pode ser útil, uma vez que não borra com água e apresenta
uma qualidade de impressão melhor. Boas opções são:
HP Laserjet 5L ou Itautec IS Laser Win/4.
Fax-modem: o modem é um dispositivo
importante para acesso à Internet, ou para uma conexão remota
direta entre sua residência e o seu consultório, cooperativa
médica ou hospital. É uma placa interna, geralmente, que
permite acesso de voz, fax e rede. É indicado um modelo com velocidade
de transmissão mínima de 28.800 bits por segundo, além
de compressão de dados e correção de erro no hardware,
mas a esta altura já é recomendável ter um fax-modem
mais veloz (de 36 ou 52 Kbps). Uma marca bastante conhecida é a
USRobotic, sendo outra boa opção a Motorola.
Placa de rede: Não é
importante ter, se você pretende ter apenas um computador em casa
ou no consultório. Se tiver mais de um, é fortemente recomendado
que você implante uma mini-rede local, pois isso permitirá
não só a intercomunicação entre os micros,
mas também o compartilhamento de recursos (uma ou mais impressoras,
zip-drive, CD-R, e até modem), barateando a instalação
total. O sistema operacional Windows 95/98 permite a fácil instalação
de uma rede local desse tipo. Você vai precisar apenas de uma placa
de rede padrão Ethernet base 10 (10 Mb/s) para cada micro, que custa
bem pouco atualmente. Vai precisar também de uma quantidade suficiente
de cabo coaxial e terminais de conexão, que são baratos e
podem ser encontrados facilmente. Recomendamos que você chame um
profissional para instalar a rede e deixar ela funcionando perfeitamente.
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