O diagnóstico do infarto agudo do miocárdio não é tão fácil quanto parece. Em muitos casos, onde os sintomas clássicos não ocorrem ("infarto silencioso"), é comum não ser feito o diagnóstico. O custo desse erro é bastante alto: um trabalho recente nos EUA mostrou que infartos não diagnosticados corretamente são a causa mais comum de processos de má-prática médica contra serviços de urgência, nos EUA.
A interpretação dos sinais, sintomas e exames diagnósticos (ECG e enzimas séricas) que acompa-nham o infarto do miocárdio é limitada em inúmeros aspectos, e muitas vezes não é feita com objetividade. Por isso, diversos trabalhos recentes procuraram desenvolver protocolos computadorizados para predição de ocorrência de infarto do miocárdio em pacientes com queixas de angina precordial [1]. O presente programa representa uma tentativa de me-lhorar a acurácia e sensitividade diferencial de um protocolo desse tipo, com base em dados do paciente (história pregressa e epicrise), obtidos pelo médico.
O uso do programa é bastante simples. A primeira tela solicita os dados de identificação do paciente, a segunda os sintomas e os dados do ECG, e a terceira tela (se foram obtidos), os dados de dosagem das enzimas (CK e GOT) e LDH. O resultado é apresentado na forma de uma probabilidade de ocorrência de infarto do miocárdio (levando em consideração os dados clínicos e de ECG), e se os dados séricos são com-patíveis com infarto recente ou antigo.